Porção de espaço desprovida de ar atmosférico ou de qualquer espécie de matéria ponderável. Conceito que se discute desde a Antiguidade. Do ponto de vista filosófico o vácuo deve considerar-se um produto da razão, não existente na realidade. Aliás, na verdade, o vácuo absoluto não existe no espaço sideral, visto supor-se existirem moléculas de hidrogénio. Torna-se contudo possível, e industrialmente desejável, obter-se uma grande rarefacção do ar, através de processos laboratoriais que, desde a célebre máquina pneumática, se têm desenvolvimento, tendo em conta a necessidade de produzir vácuo nas ampolas radiológicas e nos tubos electrónicos. Do ponto de vista do desenvolvimento da ciência, especificamente da física, os avanços da tecnologia do vácuo, nas últimas décadas mostraram-se essenciais para o estudo experimental da interacção de átomos ou moléculas, a partir do qual se pode ajudar o comportamento macroscópio da matéria.