O sistema periódico é um método de classificação de todos os elementos segundo a sua estrutura atómica. Geralmente costuma ser apresentado na forma de tabela. O francês Lavoisier foi o primeiro químico a estabelecer a distinção entre o elemento e composto químico. Em 1789, publicou uma lista de trinta elementos (apesar de posteriormente se ter comprovado que alguns deles eram formados por vários elementos). Pouco depois de, em 1809, o inglês Dalton ter desenvolvido a teoria atómica moderna, vários químicos, como o sueco Berzelius, começaram a pesquisar novos elementos. Foi este último quem, por volta de 1810, introduziu o actual sistema de símbolos químicos, em que cada elemento é representado pela primeira ou as duas primeiras letras do seu nome latino. Em 1860, o russo Mendeleiv e o alemão Lothar Meyer descobriram, cada um por seu lado, que ordenando os elementos conhecidos segundo o seu peso atómico (ou massa atómica, como se prefere dizer actualmente) se repetiam periodicamente certas propriedades: daí a designação de tabela periódica. Mendeleiv publicou a sua descoberta em 1869, um ano antes de Meyer. Existiam então uns sessenta elementos conhecidos e, ao ver-se que havia espaços em branco no sistema, deduziu-se que deveriam existir elementos ainda desconhecidos. Os químicos determinaram a priori as propriedades das substâncias que deveriam preencher os vazios. Descobriram-se vários elementos que encaixavam nos «buracos» e outros que não encontraram o seu espaço em lugar algum. Durante as primeiras décadas do século XX, conseguiu explicar-se a estrutura interna do átomo. É formado por um núcleo rodeado por uma nuvem de electrões na qual existem neutrões e protões. A quantidade de protões do núcleo determina o elemento a que pertence o átomo e chama-se número atómico. Se os elementos forem ordenados segundo o seu número atómico em vez de segundo a sua massa atómica, o sistema periódico funciona perfeitamente (a massa atómica inclui os neutrões do núcleo, que nada tem a ver com as propriedades químicas do átomo). Num átomo, a quantidade de electrões que orbita em redor do núcleo é igual à quantidade de protões que existem no seu interior. Os electrões estão dispostos em diversas camadas electrónicas, cada uma das quais possui um determinado número de electrões. O número de electrões aumenta ao longo de cada fila horizontal, ou período, da tabela periódica. Os elementos situados numa mesma coluna têm igual quantidade de electrões na sua camada exterior, e diz-se que formam uma família, uma vez que possuem propriedades muito parecidas. O número de electrões da camada superior é o que determina a reacção química de uns átomos com os outros.