TABACO

O tabaco é uma  planta solanácea cujas folhas, curadas, secas e preparadas, se utilizam para diversos fins. O seu cultivo foi introduzido na Europa pelo diplomata francês Jean Nicot, que deu o nome ao género (nicotiana) que se designa esta planta anual, com dois metros de altura, folhas ovaladas e alongadas e flores brancas ou rosadas. As folhas, uma vez curadas, contêm um alcalóide chamado nicotina, extremamente tóxico quando em grandes quantidades, que actua como estimulante. Há cerca de cem espécies, entre elas o tabaco rústico (Nicotiana rustica), o tabaco mourisco (Nicotiana glauca) e o comum (Nicotiana tabacum), além de um grande número de variedades cultivadas. A planta do tabaco adapta-se a diversas condições climáticas e de solo, se bem que prefira os solos ricos em matéria orgânica e poucos ácidos. As folhas apanham-se quando aparecem nas folhas umas manchas amareladas e são postas a secar, sofrendo então uma série de processos fermentativos. Os principais produtores mundiais de tabaco  são os Estados Unidos, o Brasil, a África do Sul, a URSS, a Turquia e a Grécia. Os produtos manufacturados do tabaco abarcam uma extensa gama que vai do charuto puro ao cigarro, passando pelo rapé (tabaco para aspirar), o tabaco de mascar e as misturas para cachimbo. Ao arder, o tabaco liberta uma quantidade de substâncias nocivas, como a nicotina, o monóxido de carbono e o ácido prússico, além de partículas de fuligem e de alcatrão. A nicotina, mesmo em pequenas quantidades, é um estimulante, tornando-se tóxica em doses maiores. O monóxido de carbono reduz a capacidade de oxigenação do sangue e prejudica o estado físico do corpo, diminuindo a sua resistência. Quanto à fuligem e ao alcatrão, comprovou-se que contêm substâncias cancerígenas que afectam as mucosas e o sistema respiratório. O tabaco afecta igualmente o sistema hormonal, reduz a capacidade imunitária do organismo e é extremamente perigoso para o feto durante a gestação.